Pègaso - anno V - n. 4 - aprile 1933

4 3 6 A. M occhino o p p o s i z i o n e a l l a fuga ha i l t o n o d i u n a f a v o l a seria raccontata p a – zientemente a u n f a n c i u l l o già cresciuto e t u t t a v i a o s t i n a t o : c o n lentezza i n s i n u a n t e , con m i n u z i a copiosa, s o f f e r m a n d o s i su t u t t o 3 ciò che p u ò scendere giù n e l l ' a n i m o , senza s c a t t i o r a t o r i i . D i e t r o le L e g g i Socrate fa i n t r a v v e d e r e la p a t r i a nei s u o i a s p e t t i p i ù d o l c i : l a f a m i g l i a , la casa, i l n i d o . L e L e g g i p a r l a n o assai, ma come p a r l e – rebbero padre e m a d r e : si d i m o s t r a n o afflitte dell'offesa che So– crate, s o t t r a e n d o s i a l l a c o n d a n n a , p o t r e b b e f a r l o r o : n o n si r i – c h i a m a n o a l concetto della g i u s t i z i a , ma a l l ' e v i d e n z a d i u n l u n g o p a t t o d ' a m o r e : « O Socrate, g r a n d i p r o v e n o i a b b i a m o d i questo, che a te n o n e r a v a m o sgradite, né n o i né la C i t t à ». O f f r o n o i m – m a g i n i , le q u a l i si c o n t r a p p o n g o n o a l l e a l t r e p o f t a t e a v a n t i da C r i t o n e : ciò che avverrebbe d o p o la fuga, g l i a m i c i p e r s e g u i t a t i , So– crate c i r c o n d a t o d i sospetti e r a m i n g o d i città i n città o p p u r e f a t t o diverso da se medesimo e ridotto a i n c h i n a r s i a i p o t e n t i , i figliuoli che cresceranno m a l e . . . . I l discorso delle L e g g i , ossia d i Socrate, n o n è per i filosofi; è p r o p r i o per C r i t o n e , obbedisce a esigenze anche p o e t i c h e ; ecco, se n o n m ' i n g a n n o , ciò che sfugge a p a r e c c h i . E C r i t o n e fino a l l ' u l t i m o è p e r s o n a g g i o coerente; n o n si d i c h i a r a persuaso, ché i l cuore t u t t a v i a g l i d u o l e , si d i c h i a r a r i d o t t o a l s i – l e n z i o : « O h , m i o Socrate, i o n o n h o n u l l a da d i r e ». I l Fedone è la catarsi. N o n c'è i n esso c l i m a t r a g i c o : nel sen– t i m e n t o d i P l a t o n e , la tragedia è i l processo e la c o n d a n n a d i So– crate, n o n già la m o r t e , la quale a n t i c i p a d i poco u n a fine che t a n t o verrebbe da sé. I l f a t t o che la scena sia a F l i u n t e , i n u n b o r g o l o n – t a n o dove le n o t i z i e da A t e n e a r r i v a n o l e n t a m e n t e , c o n c o r r e a se– gnare i l distacco. L a m o r t e d i Socrate n o n è già p i ù causa d i g e m i t o , è m o t i v o d i pacata n a r r a z i o n e : « ricordarmi d i Socrate, dice Fe– done, è sempre per me la p i ù dolce cosa f r a t u t t e ». L a descrizione d e l l ' u l t i m a g i o r n a t a s'apre con u n a l e v i t à i l a r e . R i c o r d a t e la p r i m a riflessione s u l piacere e s u l d o l o r e che sono i n s e p a r a b i l i : l ' a t t e g g i a – m e n t o d i Socrate seduto s u l I e t t i a m o l o , che si sta s t r o p i c c i a n d o la gamba i n d o l e n z i t a d a l l a catena, t o g l i e g r a v i t à a l l a cosa. S a n t i p p e è apparsa solo qualche istante, ed è scomparsa senza che le sue g r i d a lascino t r a c c i a : « p a r o l e che s o g l i o n o le d o n n e ». C'era con lei i l figlioletto p i ù p i c c o l o , che p o t e v a c o m m u o v e r e : ma n e l r a c c o n t o e g l i n o n ha né voce né figura. I l dèmone stesso q u i è r a m m e n t a t o i n u n c o m a n d a m e n t o b l a n d o : « O Socrate, c o m p o n i ed esercita m u – sica ». E a i n s i n u a r e u n sorriso riappare C r i t o n e , d e v o t o e i m p o r – t u n o , che è filosofo e n o n se ne ricorda p i ù , come del resto n o n se ne r i c o r d a P l a t o n e , n e p p u r e per a d d i t a r e i l c o n t r a s t o , t a n t o la sua

RkJQdWJsaXNoZXIy