Pègaso - anno V - n. 4 - aprile 1933

4 3 4 A . Mocchino S'è d e t t o da m o l t i che Socrate n o n si d i f e n d e s u l serio; l ' a p o – l o g i a è u n a l u n g a e deliziosa i r o n i a , scrive i l C r o i s e t . L ' i r o n i a d i So– crate è per m o l t i u n assioma, né si bada a l l a tenerezza, a l l a fiducia n e g l i u o m i n i , a l l a v o l o n t à d i d e d i z i o n e che si n a s c o n d o n o s o t t o la serenità. E del n o n essersi difeso si cercano le cause. I o n o n p a r l o q u i del Socrate s t o r i c o : p a r l o d i Socrate come appare n e l d i a l o g o , v i s t o e i n t e r p r e t a t o da P l a t o n e e perciò creato come p e r s o n a g g i o d ' a r t e : V a l g i m i g l i del resto h a s c r i t t o su d i ciò alcune pagine conclusive. O r a i l Socrate d i P l a t o n e si d i f e n d e i n p e r f e t t a serietà e coerenza c o n l a sua p r e d i c a z i o n e . A b i t u a t o a dare scarsa i m p o r t a n z a a i f a t t i i n sé e a risa– l i r e sempre alle o r i g i n i m e n t a l i , a i c o n c e t t i da c u i i f a t t i s o n o deter– m i n a t i , è n a t u r a l e che e g l i n o n p e r d a t e m p o a d i r e : — • n o n h o c o m – messo le colpe d i c u i M e l é t o e g l i a l t r i m i accusano, — né a dare d e l l a sua i n n o c e n z a p r o v e grossolane, ma s t i m i p i ù l o g i c o , p i ù ne– cessario d i r e : — le idee che i o penso giuste e che i o p r e d i c o m i i m – p e d i v a n o d i commettere q u e l l e colpe. — N e l d i s c e r n i m e n t o della f o l l a e g l i h a fiducia, e a d esso affida la sua difesa : « Fate ricerca q u a n t o volete, o r a o p o i ; e t r o v e r e t e che la cosa è così ». P a r l a a l l a f o l l a come si è a b i t u a t o a p a r l a r e c o i s u o i d i s c e p o l i o c o n la gente semplice che v o l e n t i e r i l o ascoltava : i l suo p e l l e g r i n a g g i o a l l a r i – cerca d e l l ' u o m o p i ù sapiente d i l u i è n a r r a t o con g i u d i z i o s a e n o n i r r i t a n t e comicità. D i m o s t r a t a la c o n t r a d d i z i o n e che n o n consente la c o l p a , e g l i p u ò da p r i n c i p i o r i t e n e r s i s i c u r o : la tensione d e g l i a n i m i che avverte i n t o r n o a sé crede d i p o t e r l a d o m i n a r e , e v u o l e d o m i n a r l a . Q u i sta i l suo n o b i l e e r r o r e o la sua v o l o n t a r i a i l l u s i o n e , e nella rappresentazione d i questa o s t i n a t a i n g e n u i t à d i sapiente senti la v i r t ù creatrice d i P l a t o n e . V o l e n d o trascinare la f o l l a a r a g i o n a m e n t i c u i n o n è a v v e z z a , Socrate p u r c o n la sua b o n a r i e t à si leva sopra d i essa, si a p p a r t a i n u n a ideale s o l i t u d i n e d o v e n o n è p i ù possibile f e r i r l o . A l l o r a co– m i n c i a l ' i m p a z i e n z a della f o l l a , i r r i t a t a d i s e n t i r s i negletta, e p r i – ma d e l l ' u l t i m a r a m p o g n a a g l i a s c o l t a t o r i s c h i a m a z z a n t i b i s o g n a s u p p o r r e l ' i r r e q u i e t u d i n e , la t u r b o l e n z a ancora sommessa, i l m o r – m o r a r e ostile. V i s t a p e r d u t a la sua persona, che i n realtà h a t e n – t a t o d i salvare, c o m p i u t a la sua sorte d ' u o m o , Socrate m u t a t o n o . Capisce che la sua b o n o m ì a s o t t i l e n o n p o t r à penetrare e n t r o le teste chiuse, e smette la difesa, q u e l l a che per l u i era v a l i d i s s i m a difesa, anche se scarsa d i concretezza g i u r i d i c a . A c q u i s t a t a la superbia d i c h i si sente veramente solo, le r a g i o n i c h ' e g l i adduce a p p a r t e n g o n o o r m a i r i s o l u t a m e n t e a u n m o n d o superiore, d o v e a i s u o i g i u d i c i n o n è d a t o accostarsi : « A me n o n f a r a n n o male né M e l é t o né A n i t o . E

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