Pègaso - anno V - n. 4 - aprile 1933
4 9 Q P. Nardi si richiedeva solo esperienza d i filologo, m a anche fatica d i esegeta. V ' h a u n passo dove i l D a r c h i n i traduce : « u n a medesima g e n i a l i t à m o r a l e p u ò d i v e n t a r carne qua come Socrate, l à come L u t e r o o come F o c i o n e , l a g – g i ù come G i o v a n n i » . Q u a l e G i o v a n n i ? L ' e r r o r e d'esegesi d i v e n t a , per esprimerci anche n o i a l l a R i c h t e r , l a buccia d ' a r a n c i o , che fa scappucciar come segue l a filologia d ' u n o degli a n t e r i o r i t r a d u t t o r i , se è vero che « d i v e n t a r M e n s c h » è da intendersi come « i n c a r n a r s i » , « farsi u o m o » , e che G i o v a n n i è se m a i l ' E v a n g e l i s t a : « l'idea morale ora ti d i v e n t a S o – crate, ora L u t e r o , ora F o c i o n e , ora G i o v a n n i M e n s c h » . R i c h t e r p o i , i n queste sue a s s o c i a z i o n i o a r t i c o l a z i o n i di i m a g i n i , v a v o l e n t i e r i a caccia d'elementi nelle p i ù riservate tenute della scienza, d e l l ' e r u d i z i o n e , e q u a n – do s v u o t a i l carniere, si lascia i l p i ù delle volte tentare da specie n o n p i ù viste. A v e t e n o t a t o com'egli si diletti d i metafore derivate d a l l a mecca– nica, d a l l ' a n a t o m i a ? P a s s i l a g l a n d o l a pineale, considerata d a C a r t e s i o sede d e l l ' a n i m a . M a q u a n d o egli ti b u t t a là « ove n o n siasi u n o S w a m - m e r d a m » , ecco u n traduttore saltare i l l u o g o , e D a r c h i n i costretto a met– tere a p i è d i pagina u n a nota : « J e a n S w a m m e r d a m ( i 6 3 7 : ' 8 5 ) , e n t o m o – logo olandese » . « Se fra gli S p a r t a n i gli u o m i n i si t a g l i a v a n v i a come cosa femminea, u n petto a l t o e pieno, si fa ora lo stesso, e c o n l o stesso pretesto, col petto spirituale » ; n é R i c h t e r sa resistere a l l a tentazione d i aggravar l a s q u i s i t e z z a erudita con questa nota p r o p r i a : « F u m o d a i n R u s s i a , a l c u n i a n n i fa, che gli u o m i n i , i m b o t t e n d o s i , si facessero u n p r o – minente petto p o s t i c c i o » . S p e c i a l i t à d i R i c h t e r anche q u e s t a : d i r i v o l – gersi, come a serbatoio d i i m a g i n i , a l l a storia v i c i n a e c o n t e m p o r a n e a , a l l a cronaca, u t i l i z z a n d o n e gli episodi p i ù c o n t i n g e n t i e f u g g e v o l i : onde g l i e n i g m i p i ù ermetici, per c h i legge o traduce a l l a d i s t a n z a d i o r m a i t a n t i a n n i e i n seno a s o c i e t à diverse o mutate. S a u l D a r c h i n i h a a l suo a t t i v o , d a l 1 9 1 4 , u n a Didattica del lin– guaggio ( l i b r o pieno di l a m p i geniali), i n cui Io stile d i R i c h t e r è e v i – dente. D i l u i , dello stesso a n n o , h o q u i aperti d i n a n z i a me due o p u s c o l i . Disciplina e Consiglio di solitudine : r i v e l a n o i l m o r a l i s t a r i c h t e r i a n o , sebben con u n a secreta originale a n i m a l i r i c a semplificatrice e o r d i n a t r i c e : « U n sentimento d i b u o n a a r i s t o c r a z i a ci deve sempre condurre verso l a solitudine. V i deve essere u n sentimento che, senza f o r m a r s i d e l l ' o d i o , e nemmeno del d i s p r e z z o degli u o m i n i , ci conduca a metter delle siepi d i s p i n o i n t o r n o a i n o s t r i g i a r d i n i d i rose, e difese d i o m b r a e di s i l e n z i o i n – t o r n o a cose amate. V e r a m e n t e n o n si possono comprendere le case dalle cento porte e gli u o m i n i d a i cento a m i c i ! V ' è u n istante i n c u i c o m i n c i a finalmente u n a bell'ora d i pace e d i elevazione. E d è q u a n d o sparisce d a d i n a n z i ai n o s t r i occhi la torre d i c i t t à , e spariscono le cupole e p u r t u t t i i p a l a z z i e tutte le case, fin quelle u l t i m e che h a n n o g i à i l piede s u l l a c a m – pagna » . V o g l i o dire che questa recente t r a d u z i o n e d i Levana è u n a f a – tica cui i l D a r c h i n i deve essersi venuto preparando d i l u n g a d a t a , f o r – m a n d o s i u n o s p i r i t o r i c h t e r i a n o , esercitandosi a q u e l l o stile, mettendo– sene a l l o specchio. C ' è u n o scrittore nostro, — degli u l t i m i decenni d e l -
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